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04 dezembro 2015

DO MEU OBSERVATÓRIO: DILMA NO ENCERRAMENTO DA 15ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE




Foto André Coelho 

A Presidenta Dilma compareceu nesta Sexta-Feira 04/12, no encerramento da 15ª Conferência Nacional de Saúde em Brasília. O evento que deveria servir para cobranças, aquelas que se falam nos discursos emocionados longe de quem tem autoridade, transformou-se em campanha eleitoral com Dilma Rousseff fazendo defesa do seu mandato até 2018, e a plateia em êxtase gritando que "não vai haver golpe".
Dilma falou em defesa da saúde.....da  democracia ou da manutenção do seu mandato, em nenhum momento tratou dos escândalos e prisão  dos filiados e aliados diretos. Teve momento de completo disparate ao falar de cuidar da saúde de todos os brasileiros, havendo quase que completo silêncio da plateia. 
Afinal os recursos da saúde foram reduzidos drasticamente ao longo dos anos de seu governo  em contraposição aos gasto com marketing, propaganda e verba partidária. Será a crise, a culpada, recebida de herança e mantida durante todo tempo de governo petista?
Dilma, falou da aceitação do impeachment por Eduardo Cunha, onde tem feito movimentos sistemáticos para "afundar o país" como as pautas- bombas. Cabe a pergunta: Só o PMDB está envolvido nos escândalos sem o PT ou aliados?
Ao falar da soberania do Brasil, e defesa  do povo, do emprego, da renda, da oferta de serviços de qualidade, entrou em colisão com a realidade vivenciada pela população.
Deve ter esquecido de várias coisas, como por exemplo: Gastos e isenção de impostos à FIFA e consequentemente copa e, de nenhum repasse de qualidade a população na saúde. 
Não falou dos gastos com as Olimpíadas do Rio e sucateamento da rede federal carioca, bem como os médicos em Brasília em profundo estresse por falta de condições mínimas de trabalho. Vamos falar do descaso com o hospital federal em Pernambuco? Vamos mais adiante e tratar dos escândalos... Pasadena, para começo.  Não falou do combate agressivo a dengue, nem do reajuste salarial da categoria dos ACS-ACE e de investimentos na saúde na mesma intensidade do impeachment. 
Os nobres delegados que estão na defesa do SUS na Conferência Nacional,  esqueceram da arquitetura  e dos lobbys arregimentados para o desmantelamento total do sistema através das PECs e com acordos de lideranças. Esqueceram também da violência contra nós os trabalhadores da saúde. Esqueceram que somos usuários e povo, que sofremos de forma direta ou indireta  a violência do desemprego e da perda do poder de compra com o nosso salário. Esqueceram no calor da emoção dos juros altos e  bancos ampliando sua lucratividade, isto a presidente Dilma não fala, onde tem até banqueiro preso envolvido com gente ou grupo petista.
O atual modelo misto indefinido com  política de “ajuste” do governo federal, tende a fazer escola com os governos estaduais e nós sofremos o esmagar por tabela, em cadeia.
Entendo que não se trata apenas de - impede Dilma e/ou  fora Cunha, e sim de uma releitura total da degradação do sistema político e  anular o quadro de metástase.
Quem acredita com paixão no parlamento e partidos? Há cooptação ou investimentos  pelas grandes corporações dos políticos e  que chegam aos cofres públicos (quem afirma isto, são as investigações do MPF  e PF) onde quebram o orçamento público e, os trabalhadores defendem a manutenção deste estado de coisas? Lamentável.
No entanto é preciso ler direito o fato específico. Impeachment é dinâmica política legal, garantido na Constituição. Outra coisa, é a decisão cair nas mãos de um provável e ilegal presidente da câmara, que está sobre investigação. Assim, entendo que uma coisa não tem nada com outra. A imprensa dirigida, tende a fazer uma salada para confundir a população. A operação lavajato, cada vez caminha para não isentar a presidente, que era ministra ou presidente do conselho da Petrobras.
Outra questão, é que a ida de Dilma a Conferência, nada mais foi do que uma espécie de palanque, repetindo o que tinha dito no pronunciamento da última quarta-feira, que não tem conta na Suíça, que não cometeu atos ilícitos e que em sua biografia não há "nenhum ato de uso indevido de dinheiro público". Só esqueceu que o TCU está em analisando as contas do governo e por sua vez a mesma  não fala das pedaladas. 
Já o público em coro pesado gritava: "Fora, Cunha" e "Olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e "Não vai ter golpe". Esquecendo boa parte dos presentes, que sucessivos golpes já foram dados, seja na soberania, como na economia
Quanto a Cunha e Dilma, devem ser investigados e conforme a lei, após julgados, cassados, impedidos ou absolvidos. 
Agora, duro é aguentar trabalhador com salário defasado, SUS esquartejado, fazendo fala emocionada de gestão, tapando o sol do descaso e do desperdício orquestrado. Isto é de uma contradição fantástica.

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