Há amigos, que dizem que são neutros no atual ponto político. Discordo pois, ou está de um lado ou de outro.
Temos um dos piores governos e, vamos de novo, trocar seis por meia dúzia. Não confio no PMDB, pois estavam juntos nestes cinco anos.
Estamos tratando do atual momento histórico, não vamos negar os avanços para a sociedade dos primeiros anos do governo petista. Lembrando que o governo Lula satanizado era o mesmo endeusado. E a gente questionava coisas, atuando na militância (afinal fui petista), e não se explicava, agora se sabe.
O ministério do interino governo Temer, não tem nada de técnico e sim meramente político, igual ao governo Dilma. A traição é a marca. Se os peemedebistas estavam insatisfeitos, por que não saíram antes?
Assim o PMDB vai assumir pela terceira vez o poder executivo central. Uma vez sem voto com Sarney. As outras duas, com Itamar e Temer, onde foram eleitos com a mesma votação da chapa majoritária, ou já esqueceram que estavam na mesma chapa de Collor e Dilma?
Há manobras também na câmara, e já se ventila o nome de Jarbas para concorrer a uma suposta vaga de presidente da casa. Outro equívoco e gritante.
No entanto, há vários ângulos: o da injustiça pelo PT, onde os direitos foram subtraídos do eleitorado. Só não contam o que fizeram com os recursos da nação.
A outra parte, reflete com isenção jurídica e aponta para o júri político do Senado, refletido no relatório do Senador Anastasia. Ter direito subtraído, não é bom em lugar nenhum, principalmente no regime democrático.
No entanto, o poder quando passa do limite, faz pensar que se é muito mais, acontecendo a derrocada. Tal desastre, refletido na sociedade, com o desemprego, indústria quebrando, comércio falindo, investimentos no setor público e privado cortados e economia interna em baixa.
A falta de diálogo na câmara entre outras coisas sombrias, junto a desaprovação governamental que é gritante, serviram de combustível para o processo do impeachment temporário. Acrescente a corrupção atrelada aumentando a impopularidade e serviu de dados para o atual estágio em que vivemos.
Por último, trago uma lembrança do Tijolaço: Quando Leonel Brizola perdeu, por uma manobra judicial tramada por Golbery do Couto e Silva, a sigla do PTB de Vargas, Carlos Drummond de Andrade escreveu, no velho JB de 1980: Vi danças festejando a derrota do adversário, e cantos e fogos. Vi o sentido ambíguo de toda festa. Há sempre uma antifesta ao lado, que não se faz sentir, e dói para dentro.
A política, vi as impurezas da política recobrindo sua pureza teórica. Ou o contrário.. Se ela é jogo, como pode ser pura… Se ela visa o bem geral, por que se nutre de combinações e até de fraudes?
Finalizo:Sou a favor da renúncia de Dilma e Temer. Não à Aécio ou Marina e novas eleições, já, se possível.
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