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26 fevereiro 2024

TARIFA DOS ÔNIBUS, ENERGIA, TARIFA ZERO E QUALIDADE DE VIDA?

As mudanças climáticas no mundo e o alto preço dos derivados de petróleo preocupam diversos países quando o assunto é a geração de energia. Uma alternativa aqui no Brasil são as fontes de energias renováveis e energias limpas, que correspondem a cerca 80% da produção nacional, como afirma o Ministério de Minas e Energia. Marca alcançada graças a expansão das energias eólicas e solares fotovoltaicas no país, segundo levantamento da Aneel. Daí, tiraram de circulação os ônibus elétricos?

Pelo que se sabe há o desafio da transição da matriz energética eficiente e adequada para redução de custos. Quem se interessa por isto? Doutores em física, engenheiros elétricos? E o povo pagando mais caro a tarifa da energia elétrica e dos ônibus.

A matriz energética, é um conjunto de fontes de energia ofertado no país para captar, distribuir e utilizar energia nos diversos setores,  representando a quantidade de energia disponível, podendo ser de fontes renováveis e menos sujas ( hidrelétrica e solar) e renovável, sendo também mais suja. E o que isto tem haver com a tarifa de energia e do ônibus? Vamos pensar: Aqui em Pernambuco, pela geografia, temos muitas linhas de transmissões cortando o Estado. Assim há a hidrelétrica de Itaparica, que fica aqui em Pernambuco, uma das maiores do país e tem-se também as eólicas. Ainda tem-se a possibilidade de criar-se a Usina Nuclear em Itacuruba, o local geograficamente mais adequado. Só que num curto prazo, é inviável. Isto do ponto de vista econômico. Hoje, com Xingó, o Nordeste exporta energia. A verdade: energia solar e eólica, vem salvando o país.

 

Só que os parques eólicos, trazem problemas. Desde degradação do ambiente a desmatamentos da caatinga, que causam inúmeros problemas ou tragédias ambientais. Em vários locais, tragédias irreversíveis e abandono de área rural por conta do barulho da usina e impactando os usuários com doenças do tipo: distúrbios do sono, dor de cabeça, pressão nos ouvidos, taquicardia e pânico, etc. No entanto, boa parte do parque eólico, fica colocado longe das habitações.

Os 7 tipos de energia renovável conhecidos até ao momento:

Energia Solar Energia renovável obtida através da transformação da energia luminosa do sol em elétrica.

Energia Eólica Tipo de energia renovável obtida através da transformação da energia cinética dos ventos em elétrica.

Energia Hidráulica Modalidade de energia renovável obtida através da transformação da energia cinética dos cursos de água em elétrica.

Energia Geotérmica Energia renovável obtida através da transformação da energia térmica das águas quentes e vapores do interior da Terra em elétrica.

Energia Maremotriz Tipo de energia renovável obtida através da transformação da energia cinética das ondas e marés em elétrica.

Energia do Hidrogénio Energia obtida a partir da combinação entre o hidrogénio e o oxigénio, que liberta energia térmica, posteriormente convertida em eletricidade.

Biomassa Energia obtida durante a transformação de derivados de organismos vivos para a produção de energia calorífica, que é de seguida convertida em elétrica.

Lembram dos ônibus elétricos? Qual o objetivo da retirada dos mesmos de circulação? A haste ou banana caia, levava-se choque. Diziam ser lentos e, hoje se ver que nada disso era de fato uma total verdade.

Em pleno 2024 e investe-se em matrizes energéticas não renováveis para o transporte público, como petróleo e gás natural. Haja absurdo? Nem tanto.

Ouvindo os especialistas, o Brasil tem 85% de potência elétrica instalada renovável, mas a matriz energética depende em 50% do petróleo, gás natural e carvão mineral. A matriz elétrica está dentro da energética. Fonte solar e eólica, são boas, cresceram e muito no Estado, como trazem também problemas

Na capital paranaense, circulam ônibus a gás natural e híbrido, ou seja, elétrico e biodiesel. Aí sim, há cuidado com o meio ambiente, dos impostos dos trabalhadores e da qualidade de vida da população bem como dos trabalhadores do setor de transportes.

Assim de volta a Pernambuco, o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) ou EMTU disfarçada ou ainda, Conselho de Aumento de tarifa do péssimo transporte público da Região Metropolitana do Recife, junto ao  Governo de Pernambuco vai implantar o Bilhete Único ao valor de R$ 4,10 para Recife e Região Metropolitana, sem aumentar a tarifa para o passageiro das linhas. 

Lembrando que em 2023, este mesmo Governo, não concedeu aumento da tarifa, em compensação, reduziu a frota em 200 veículos, aumentando assim o intervalo entre as viagens. Mesmo nas férias escolares, ônibus completamente lotados. Lembram?  Em suma a proposta nada mais é, do que congelar a tarifa. Num dejavu, vamos retornar a proposta do finado Eduardo Campos. 

Talvez assim (para servir de exemplo) a estação em frente ao Shopping North Way no Paulista, finalmente seja inaugurada. Alguém duvida? Daí, na utilização das linhas integradas, o passageiro poderá realizar até cinco embarques em duas horas de utilização do sistema. E também lesado, sem ser ressarcido, como infelizmente acontece. Também não ter ônibus com ar condicionado na totalidade do determinado por lei, mas garantindo o lucro empresarial e vida útil dos ônibus, que rodam bem menos e o passageiro adoece muito mais. Só no Paulista, mais de 342 mil habitantes. Equivale a 6ª população do Estado, 18ª da Região Nordeste e 80ª do Brasil.  Se todos resolvessem usar o pífio sistema de transportes? No entanto, quem quer saber do caos? O governo, deputados, empresários, sindicatos? Quem?

A estória de benefício a 700 mil pessoas, é redundante. Haja visto, nos cálculos frios, o suposto "benefício" já tem imposto atrelado. Ou seja, aporte adicional anual em favor dos usuários de aproximadamente R$ 60 milhões, que cai na conta de quem e sai de onde? Se o empresariado tivesse prejuízos, por que não quebraram, ou desistiram do ramo? Pode ser (quem sabe...) amor aos usuários? 

Vejamos o que reza a cartilha da Urbana, que representa os empresários:  há o anel A - R$4,10, B- R$5,60 e G- R$ 2,70. Como pagar de Jardim Paulista Baixo, ao centro do Paulista, que dista 6 Km, que seria o anel G, o mesmo valor da tarifa de quem sai de Itamaraca ao Recife ou seja, 44 Km? E outro detalhe: quem quer e pode pagar por uma qualidade melhor, não tem o opcional, como existe no outro mundo, ou seja na área metropolitana  sul. Aí vem com discursos de excelência? Pensam que todos não pensam?

A prova viva: esperar um bus de Jardim Paulista Baixo ou Alto, cuja população ultrapassa 28 mil habitantes ou Mirueira com população próxima de 20 Mil habitantes. O transporte público é no papel uma coisa, de fato, quase invisível, sendo (na teoria) serviço fundamental para permitir acessibilidade e resolver questões fundamentais, tais como: trabalho, saúde, escola...e quando dar, lazer. Já na prática...? Principalmente a noite ou no no fim de semana, para trabalho, estudo ou lazer? Os empresários e administradores do governo, tem carro próprio ou do estado  nos deslocamentos. Já os usuários, para trabalhar, estudar e ter um lazer no fim de semana? Praticamente quase que inexiste. Exceto, aos heróis da resistência.

Aos motoristas, sobrou jornada dupla. Na legislação, não pode dirigir e utilizar celular, mas no coletivo, pode dirigir e passar troco. Fruto da ideia doentia e imbecil. Cobradores, estes que garantiam mais segurança nas viagens, para motorista e usuários, todos desempregados. E os ônibus: são menores, estreitos  e com mais espaço, para o usuário fazer a viagem a pé. Sem falar na buraqueira e no enfrentamento da obra feito a da PE-15, que pelo tempo é faraônica.

Nos Terminais de integração: telão para só inglês ver o horário. Não funciona. Mas tem duas horas para chegar ao destino dos tecnocratas. Outro ponto: o usuário que arriscar-se a atravessar na faixa, dentro da integração, espera para ver o resultado de quantos motoristas param?!. E as filas? São sensacionais. O sujeito já foi assaltado com a tarifa exorbitante e, com um trajeto, onde é condenado a chegar atrasado. Daí, tem de entrar noutra fila, passar por uma espécie de ordenador de fila, tipo curral e, passará novamente  o cartão. De sentado, agora muda o status, seguirá a pé.

Nas estações, outra aventura. Uma tem ar condicionado, outra condicionado pelos vidros quebrados e sem segurança. Há estações em que a tarifa é paga pelo usuário aviltado e noutra, tem tarifa zero. Invadem sem dó ou piedade e com tom de altivez. 

Saída dos usuários dos ônibus para as estações? Há a tentativa da quebra do princípio da impenetrabilidade da matéria. Ou seja, dois corpos distintos, não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Quem disse? Na estação, Newton não é levado muito a sério; e os motoristas ainda dão uma força a mais, fechando a porta com o usuário entre o ônibus, a estação e o asfalto. Valendo o descaso para todos, indistintamente.  Raça miserável.

A grande verdade, é que tais detalhes são poucos, diante do descalabro que se segue desde o pouco quantitativo de veículos, que esbarra na higienização deprimente dos banheiros, alia-se falta de segurança, de limpeza; falta de investimentos e de fiscalização nos terminais. Afinal, a população aumenta, pessoas (no entender dos especialistas) não precisam deslocar-se, daí, menos veículos coletivos. Afinal, os empresários estão muito preocupados com a poluição e o meio ambiente.

Concluindo: o bilhete único já opera em diversas cidades do Brasil. O que buscamos de fato por aqui, é a tarifa zero, com ônibus de qualidade e respeitando o meio ambiente, tal qual, importantes cidades do país, que já operam. Os Deputados não tratam de matrizes energéticas, de adoecimento ou doença do usuários. A discussão é déficit ou superavit de quem financia a campanha? Qual foi a última consulta pública feita a população sobre o tema do transporte? O que é tratado sobre sustentabilidade, gás natural, biometano?: O que se trata do elemento ambiental ou social?

Com a retomada dos incentivos, sem discussão de política de fato da matriz energética que possa reduzir custos ao governo, como subsídio do diesel e ajuda ao meio ambiente. Tais pontos trazem de volta as experiências com ônibus elétricos, híbrido, biodiesel, a gás natural ou metano, com transição energética de fato. Além da discussão viária (tem locais que não passam ônibus), e discutir sobre  modal de transportes e... hidrogênio verde. Passando disto, será que há como copiar o modelo da tarifa zero?

 

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