Além da remoção de resíduos
sólidos e dejetos de animais. Estes vem contribuindo para aumento de cianobactérias,
que prejudica a saúde humana e animal. Daí, eliminando tais elementos nocivos,
tem-se outra aparência da lagoa e renovação da qualidade da água, como nos anos
anteriores a construção e habitação da vila de Jardim Paulista Baixo.
Só que, faz-se necessário
diagnosticar a fundo a problemática. Onde teve avaliação
técnica? Analisar a qualidade da água (níveis de oxigênio, metais pesados,
coliformes fecais). Já o identificar
fontes de contaminação, muito óbvio, claro e evidente. Tal qual mapear pontos
de despejo de esgoto e atividades humanas impactantes. Esta parte tem-se ruídos.
Para tal, tem-se de ter diálogo
com a comunidade. Saber perguntar, ouvir bem e, não só escutar com câmeras ligadas
e voltadas as redes sociais. Entender as razões do despejo, bem como a falta de
infraestrutura que causam os impactos na saúde de todos. Isto de forma direta e
indireta e do ponto micro e macro. Impactando até a economia municipal, elemento
substancial da politicagem ao longo dos anos.
Nós da Mix Paulista, indagamos a
Empresa concessionária pela parte do Esgoto do Paulista. Esta, através da
representante, estava autorizada a falar tão somente da parte do recolhimento de óleo de cozinha.
Outro detalhe que se faz
necessário é, agir com celeridade em
nossa lagoa. Isto consiste no interromper a fonte de poluição. Agindo na infraestrutura
sanitária: construir redes de esgoto e interligar estações de tratamento, para
substituir o despejo irregular. Uma saída.
No entanto, entendemos como alternativas
de baixo custo para o local: Fossas sépticas biodigestoras ou wetlands
construídos (sistemas com plantas para filtrar efluentes).
Ao nosso ver, também é
fundamental o chamar a comunidade para a educação ambiental, estreitando a parceria.
Para tanto, faz-se necessário realizar campanhas para conscientizar sobre os
riscos à saúde e ao meio ambiente. Envolvendo
todos os atores: Moradores, ACS, ACE, UBS, Grupos Religiosos, Escolas, Associações e líderes locais, Conselho
de Meio Ambiente, Câmara de Vereadores e
Prefeitura.
Bem como especialistas em projetos de preservação que falem de modo
prático e objetivo, de como e o que cada um deve fazer, para ter êxito na empreitada.
Impossível? Com boa vontade se faz milagre. Outro detalhe importante é a
fiscalização. Parceria com órgãos ambientais para multar despejos ilegais (através
de execução ou de criação de legislação vigente).
Toda esta temática, nós da Mix Paulista
ou mais específico, Blog do Adalberto Filho, abordamos há tempos atrás. Desde que
o nosso atual Prefeito, era Deputado Estadual. Quanto a valorização do meio
ambiente e coleta seletiva em Jardim Paulista Baixo. Junto aos adolescentes e
pais dos mesmos membros da AD em Jardim Paulista Baixo, trabalhou-se no
recolhimento de garrafas pets e óleo de cozinha. Agora,
o Prefeito, mesmo com escassez de recursos, onde somos sabedores, pode fazer
mais em prol da revitalização da lagoa.
Enfim, o que queremos saber de
verdade, como e se vai haver despoluição da Lagoa? Esperamos que sim. Remoção
de resíduos superficiais sempre vemos. Mas, quanto a retirar lixo, sedimentos e
matéria orgânica acumulada (dragagem controlada)?
Tratamento da água: fontes
para aumentar oxigênio dissolvido. Usar bactérias benéficas, plantas aquáticas
(como aguapés) ou carvão ativado para degradar poluentes e colocar barreiras
físicas ou redes, biofilmes para impedir entrada de novos poluentes. Assim
tem-se controle de eutrofização, ou seja, reduz-se nutrientes (nitrogênio e
fósforo) com algicidas naturais ou filtragem.
O que fazer para o restaurar do
Ecossistema - reintrodução de espécies, vegetação nativa nas margens (barreira
natural) e reintroduzir peixes e microrganismos. Recuperação do entorno. Isto
novamente, pois parte da população, retirou até as pedras que margeavam a lagoa.
Há uns trinta anos atrás. Agora, tem-se a proposta possível do criar áreas
de proteção permanente (APPs) e cercar a lagoa para evitar erosão. Tudo com monitoramento
contínuo, acompanhados de parâmetros de qualidade da água e biodiversidade.
Para manutenção e sustentabilidade,
temos de focar na gestão participativa. Através de comitês com moradores
para cuidar da lagoa e reportar problemas. Buscar incentivos econômicos para desenvolver
projetos de ecoturismo e até pesca
sustentável nas redondezas. Tudo com políticas públicas, leis locais de
saneamento e de proteção hídrica.
Para tanto, temos desafios e
também soluções. Quanto a falta de recursos: busca-se parcerias com ONGs,
governos e empresas (ex.: programas de compensação ambiental). Possível resistência
da comunidade? Basta oferecer alternativas práticas (ex.: saneamento acessível)
e mostrar benefícios (água limpa, saúde, e até emprego ou geração de renda).
Estabelecer metas como planejar ações em etapas, priorizando o corte do esgoto
e a recuperação gradual da lagoa.
Exemplo de Sucesso - Lagoa da
Pampulha, Belo Horizonte (MG), onde teve
recuperação com dragagem, ETEs, educação ambiental e criação de parques
urbanos. Lembrando a revitalização é possível, mas depende de compromisso
coletivo e investimento contínuo. Atraindo e gerando vida ao local.
No entanto cabe a observação
pertinente: A questão do querer fazer é importante, mas o saber como fazer, com
estudos específicos, projeto definidor, atores com uma PPA ou seja (População +
Prefeitura e Compesa), equipamentos, comunidade no centro da discussão é muito
mais eficaz. Espero ter ajudado.
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