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09 março 2025

LAGOA DE JARDIM PAULISTA REVITALIZADA, É POSSÍVEL.

 A Lagoa de Jardim Paulista Baixo, está passando mais uma vez por uma limpeza superficial. O que a população local de fato  necessita, além das constantes operações superficiais? Obviamente de limpeza total. Com dragagem,  retirada do lodo sólido, vegetação morta e solo contaminado. Instalar filtros para combater a proliferação via poluição com as algas. Isto, depois de resolução adequada, simples e barata (em relação ao custo ambiental) no que tange ao derrame de esgoto residencial, ao longo do lagoa. 

Além da remoção de resíduos sólidos e dejetos de animais. Estes vem contribuindo para aumento de cianobactérias, que prejudica a saúde humana e animal. Daí, eliminando tais elementos nocivos, tem-se outra aparência da lagoa e renovação da qualidade da água, como nos anos anteriores a construção e habitação da vila de Jardim Paulista Baixo.

Só que, faz-se necessário diagnosticar a fundo a problemática. Onde teve avaliação técnica? Analisar a qualidade da água (níveis de oxigênio, metais pesados, coliformes fecais). Já o  identificar fontes de contaminação, muito óbvio, claro e evidente. Tal qual mapear pontos de despejo de esgoto e atividades humanas impactantes. Esta parte tem-se ruídos.

Para tal, tem-se de ter diálogo com a comunidade. Saber perguntar, ouvir bem e, não só escutar com câmeras ligadas e voltadas as redes sociais. Entender as razões do despejo, bem como a falta de infraestrutura que causam os impactos na saúde de todos. Isto de forma direta e indireta e do ponto micro e macro. Impactando até a economia municipal, elemento substancial da politicagem ao longo dos anos.

Nós da Mix Paulista, indagamos a Empresa concessionária pela parte do Esgoto do Paulista. Esta, através da representante, estava autorizada a falar tão somente  da parte do recolhimento de óleo de cozinha.


Outro detalhe que se faz necessário é, agir com celeridade  em nossa lagoa. Isto consiste no interromper a fonte de poluição. Agindo na infraestrutura sanitária: construir redes de esgoto e interligar estações de tratamento, para substituir o despejo irregular. Uma saída.

No entanto, entendemos como alternativas de baixo custo para o local: Fossas sépticas biodigestoras ou wetlands construídos (sistemas com plantas para filtrar efluentes).

Ao nosso ver, também é fundamental o chamar a comunidade para a educação ambiental, estreitando a parceria. Para tanto, faz-se necessário realizar campanhas para conscientizar sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente.  Envolvendo todos os atores: Moradores, ACS, ACE, UBS, Grupos Religiosos,  Escolas, Associações e líderes locais, Conselho de Meio Ambiente,  Câmara de Vereadores e Prefeitura.

Bem como especialistas  em projetos de preservação que falem de modo prático e objetivo, de como e o que cada um deve fazer, para ter êxito na empreitada. Impossível? Com boa vontade se faz milagre. Outro detalhe importante é a fiscalização. Parceria com órgãos ambientais para multar despejos ilegais (através de execução ou de criação de legislação vigente).

Toda esta temática, nós da Mix Paulista ou mais específico, Blog do Adalberto Filho, abordamos há tempos atrás. Desde que o nosso atual Prefeito, era Deputado Estadual. Quanto a valorização do meio ambiente e coleta seletiva em Jardim Paulista Baixo. Junto aos adolescentes e pais dos mesmos membros da AD em Jardim Paulista Baixo, trabalhou-se no recolhimento de garrafas pets e óleo de cozinha.   Agora, o Prefeito, mesmo com escassez de recursos, onde somos sabedores, pode fazer mais em prol da revitalização da lagoa.


Enfim, o que queremos saber de verdade, como e se vai haver despoluição da Lagoa? Esperamos que sim. Remoção de resíduos superficiais sempre vemos. Mas, quanto a retirar lixo, sedimentos e matéria orgânica acumulada (dragagem controlada)?

Tratamento da água: fontes para aumentar oxigênio dissolvido. Usar bactérias benéficas, plantas aquáticas (como aguapés) ou carvão ativado para degradar poluentes e colocar barreiras físicas ou redes, biofilmes para impedir entrada de novos poluentes. Assim tem-se controle de eutrofização, ou seja, reduz-se nutrientes (nitrogênio e fósforo) com algicidas naturais ou filtragem.


O que fazer para o restaurar do Ecossistema - reintrodução de espécies, vegetação nativa nas margens (barreira natural) e reintroduzir peixes e microrganismos. Recuperação do entorno. Isto novamente, pois parte da população, retirou até as pedras que margeavam a lagoa. Há uns trinta anos atrás. Agora, tem-se a proposta possível do criar áreas de proteção permanente (APPs) e cercar a lagoa para evitar erosão. Tudo com monitoramento contínuo, acompanhados de parâmetros de qualidade da água e biodiversidade.


Para manutenção e sustentabilidade, temos de focar na gestão participativa. Através de  comitês com moradores para cuidar da lagoa e reportar problemas. Buscar incentivos econômicos para desenvolver projetos de ecoturismo e até  pesca sustentável nas redondezas. Tudo com políticas públicas, leis locais de saneamento e de  proteção hídrica.


Para tanto, temos desafios e também soluções. Quanto a falta de recursos: busca-se parcerias com ONGs, governos e empresas (ex.: programas de compensação ambiental). Possível resistência da comunidade? Basta oferecer alternativas práticas (ex.: saneamento acessível) e mostrar benefícios (água limpa, saúde, e até emprego ou geração de renda). Estabelecer metas como planejar ações em etapas, priorizando o corte do esgoto e a recuperação gradual da lagoa.


Exemplo de Sucesso - Lagoa da Pampulha, Belo Horizonte  (MG), onde teve recuperação com dragagem, ETEs, educação ambiental e criação de parques urbanos. Lembrando a revitalização é possível, mas depende de compromisso coletivo e investimento contínuo. Atraindo e gerando vida ao local.  

No entanto cabe a observação pertinente: A questão do querer fazer é importante, mas o saber como fazer, com estudos específicos, projeto definidor, atores com uma PPA ou seja (População + Prefeitura e Compesa), equipamentos, comunidade no centro da discussão é muito mais eficaz. Espero ter ajudado.

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