Rádio A Melhor do Universo

30 junho 2012

DO GOLPE QUE NÃO HOUVE NO PARAGUAI PARA UM GOLPE DE VERDADE

O golpe que não houve no Paraguai foi o pretexto invocado pelos parceiros vigaristas para a consumação de um golpe real.
Sem a presença do único integrante do Mercosul contrário ao ingresso da Venezuela bolivariana, os governos do Brasil, da Argentina e do Uruguai concederam ao companheiro Hugo Chávez a carteirinha de sócio do clube que nunca funcionou.
Durante oito anos, o Congresso paraguaio amparou-se na cláusula que exige respeito às regras democráticas para barrar a entrada do bolívar-de-hospício.
Sete dias bastaram para que a trinca de cínicos removesse a pedra no caminho de Chávez e instalasse no Cone Sul a república de araque localizada no extremo norte do subcontinente.
O impeachment de Fernando Lugo foi decretado sem que qualquer norma constitucional fosse violada. “Tenho a impressão de que foi um golpe”, hesitou Dilma Rousseff no dia do despejo do reprodutor de batina.
Se também não souber direito que palavra deve usar para definir o que acaba de fazer em companhia da Argentina e do Uruguai, o neurônio solitário pode dispensar-se de dúvidas: golpe é o nome da coisa.
O Mercosul, formado por parceiros que vivem tentando enganar uns aos outros, transformou-se numa inutilidade controlada por três patetas. Agora são quatro.

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