do Blog de Inaldo Sampaio
Por * José Alberto Marques Lisboa
É triste, lamentável e revoltante o estado crítico de algumas
prefeituras, em Pernambuco e, de resto, em boa parte dos estados
brasileiros. O tamanho da calamidade é tão grande que não há a mínima
possibilidade de se contemporizar com um absurdo tão exuberante.
A redução na transferência de volume dos recursos do FPM, pelo
governo da União, poderia até justificar alguns caixas desidratados e
com esgotamento financeiro. O que não se justifica
É o desmando e a falta de respeito para com a população e a cidade.
Desvios de bens móveis, abandono de bens públicos, comprometendo o
próprio funcionamento dos serviços essenciais, são situações claramente
criadas com intenções pré-concebidas e com o intuito claro de vingança contra a população.
Isso sem considerar os possíveis desvios de dinheiro, cuja apuração
está em curso. Como pode tal situação ser encarada pela sociedade de
modo geral como fato normal e próprio do processo político? De maneira nenhuma!
Tudo isso tem que ter um BASTA! O povo tem que reagir e cobrar do
Ministério público as providências cabíveis. Pergunta-se: um cidadão
flagrado com um bicho tatu caçado é preso por crime inafiançável e vai
direto para a cadeia. Por que o prefeito praticante de tais crimes
contra o erário e o interesse público não recebe o mesmo tratamento?
Recentemente, o prefeito de Duque de Caxias, município do Estado Rio,
deixou acumular nos últimos dias de seu mandato 50 toneladas de lixo na
cidade, unicamente com o intuito de se vingar da população, por ter
perdido a eleição. Vem uma enchente e o lixo vira uma lama contaminada
que poderá trazer sérios riscos à população. Isso é ou não é um crime?
Isso deve ou não deve dar uma cadeia exemplar?
Fatos e situações verificadas nesses últimos dias têm que receber um
tratamento diferenciado do que tem sido dado até hoje. A sociedade tem
que se posicionar, exigindo numa só voz uma MUDANÇA URGENTE!
Esses que atentaram contra nossos interesses e não souberam ter o
respeito devido para com o povo de nossas cidades merecem não somente
nosso repúdio, mas, sobretudo, a nossa veemente CONDENAÇÃO.
Não podem circular naturalmente, entre nós, como se nada tivesse
acontecido e parecendo um cidadão comum. ALGUMA COISA TEM QUE SER
FEITA!!
* José Alberto Marques Lisboa é economista
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