CARLOS CHAGAS
Uma
das grandes dúvidas a perturbar uns poucos parlamentares ainda afetos a
utilizar a inteligência no exercício de seus mandatos, refere-se a o que
fazer com os faraônicos estádios de futebol em vias de conclusão para a
Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. Bilhões tem sido
gastos, sem falar em desvios e comissões de diversos matizes, mas quando
as competições terminarem, fazer o quê com a maioria dos estádios?
Talvez no Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre ainda haverá uma
certa freqüência popular quando partidas importantes forem disputadas. A
maioria, porém, ficará às moscas.
Quando
encomendou o Sambódromo a Oscar Niemayer, Leonel Brizola sugeriu que
durante o ano, fora do Carnaval, aquele elefante branco servisse para
abrigar salas de aula. Foi um sucesso, infelizmente interrompido há
algum tempo.
Há
quem sonhe com a hipótese de os modernos estádios de futebol poderem ser
adaptados para funcionar como universidades. Seria uma excelente
alternativa, com transformações nem tão impossíveis assim de implantar.
Até os gramados seriam utilizados, senão para práticas esportivas dos
universitários, quem sabe como campo para nele pastarem certas
autoridades municipais e estaduais.
Por
que não transformá-los em penitenciárias, também? Sempre haveria o risco
de, em dias de jogos, os presos forçarem entrada nas arquibancadas. E
com a opção de as arquibancadas invadirem as celas para libertar amigos.
Mesmo assim, seria uma tentação.
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