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22 junho 2013

CRISTOVAM BUARQUE DEFENDE FIM DE PARTIDOS

















Em discurso nesta sexta-feira (21), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu a extinção dos partidos políticos no Brasil. Ao comentar as manifestações que se multiplicam pelo país, o pedetista disse que para atender as reivindicações dos manifestantes é necessário abolir os partidos.

"Talvez eu radicalize agora, mas acho que para atender o que eles querem nós precisaríamos de uma lei com 32 letras: estão abolidos os partidos, estão abolidos todos os partidos. Isso sensibilizaria a população lá fora. Hoje, nada unifica mais todos os militantes e manifestantes do que a ojeriza, a desconfiança, a crítica aos partidos políticos", afirmou.

Cristovam citou a ex-senadora Marina Silva, que articula a criação do partido Rede de Sustentabilidade, ao afirmar que sigla vai entrar no "mesmo sistema" das demais que já existem no país. "Mesmo que o partido [Rede] tenha o nome do que não é partido, é partido: teve de conseguir as assinaturas, vai entrar no mesmo sistema, vai receber fundo partidário, porque espero que a lei que o proíbe de receber não passe aqui."

O senador defendeu a reorganização dos agentes políticos brasileiros com a criação de um novo formato de partidos e da maneira de fazer política. "Nossos partidos não refletem mais o que o povo precisa com seus representantes, nem do ponto de vista do conteúdo, nem do ponto de vista da forma."

O parlamentar também defendeu a realização Assembleia Constituinte exclusiva para discutir reforma política - no prazo máximo de um ano. A reforma, na opinião de Cristovam, deve incluir permissão para o chamado "voto avulso", em candidatos não filiados a nenhum partido.

"Creio que essa é uma proposta que poderia levar à revolução. Não há manifestação de um milhão de pessoas em um dia que não exija uma revolução." Na opinião do senador, os milhares de manifestantes não vão aceitar nada menos que um "revolução" no país. "Mas a revolução hoje não é na economia. A economia precisa de grandes ajustes. Não é no social. O social precisa de grandes ajustes."

Ao dirigir-se à presidente Dilma Rousseff (PT), Cristovam disse que se a petista optar por um discurso à nação centrado no combate ao vandalismo nas manifestações, ela vai cometer um "erro muito grave" e se "transformar de estadista em xerife". "Nós precisamos de uma estadista que, inclusive, tem que ser xerife em um pequeno momento do seu dia a dia, mas não pode ser por aí."

Com informações da Folha de S.Paulo.

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