Joaquim Barbosa. Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters |
Em entrevista a
Miriam Leitão, Joaquim Barbosa comentou a recente "perseguição" que
estaria sofrendo por parte de setores da grande mídia e de blogs
"anônimos".
A partir do
momento em que despontou como candidato favorito à Presidência da
República em pesquisa realizada pelo Datafolha em manifestação de São
Paulo, passou a ser mais visado e investigado.
Segundo relatos
publicados nas redes sociais, Franklin Martins, assessor de Dilma,
teria avençado com blogueiros "amigos do governo" o vasculhamento da
vida pessoal do ministro, tendo em vista que este seria um potencial e
perigoso concorrente. A intenção seria "mostrar que ele é como os
políticos".
Desde então,
Joaquim Barbosa foi acusado de comprar um apartamento ilegalmente nos
EUA, ferindo estatuto público, além de emergirem informações sobre
relacionamento de seu filho com a Rede Globo, entre outros.
Na entrevista, Joaquim Barbosa comentou: "Há
milhares de pessoas públicas no Brasil. No entanto os jornais não saem
por aí expondo a vida privada dessas pessoas públicas. Pegue os últimos
dez presidentes do Supremo Tribunal Federal e compare. É um erro achar
que um jornal pode tudo. Os jornais e jornalistas têm limites. São esses
limites que vêm sendo ultrapassados por força desse temor de que eu
eventualmente me torne candidato".
Prosseguiu: "No
momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões [de
preconceito] se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato. Já
há sinais disso na mídia. As investidas da Folha de S.Paulo contra mim
já são um sinal. A Folha de S.Paulo expôs meu filho, numa entrevista de emprego.
No domingo passado, houve uma violação brutal da minha privacidade. O
jornal se achou no direito de expor a compra de um imóvel modesto nos
Estados Unidos. Tirei dinheiro da minha conta bancária, enviei o
dinheiro por meios legais, previstos na legislação, declarei a compra no
Imposto de Renda. Não vejo a mesma exposição da vida privada de pessoas
altamente suspeitas da prática de crime".
Sendo mais incisivo, asseriu: ".
Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques também por parte de
uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos. Só faço um alerta: a
Constituição brasileira proíbe o anonimato, eu teria meios de, no
momento devido, através do Judiciário, identificar quem são essas
pessoas e quem as financia. Eu me permito o direito de aguardar o
momento oportuno para desmascarar esses bandidos".
Qual é a sua opinião a respeito?
Caio Barbosa.
Com informações de Miriam Leitão/O Globo.
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