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14 fevereiro 2014

UNICEF DENUNCIA AÇÕES HORRÍVEIS NA REPÚBLICA CENTRO AFRICANA


Órgão disse estar horrorizado com crueldade e mutilações contra crianças


Unicef denuncia `ações horríveis´ na República Centro-Africana
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma estar "horrorizado" com "a crueldade dos autores dos assassinatos e das mutilações de crianças" na República Centro-Africana e indignado "com a impunidade que atuam".
"Estas últimas semanas foram marcadas por níveis de violência sem precedentes contra as crianças em ataques religiosos e de represália por parte das milícias antibalaka (de maioria cristã) e de ex-combatentes Seleka (muçulmanos)", afirma a organização em um comunicado.
"Cada vez tomam como alvo mais crianças por sua religião ou pela comunidade que pertencem", disse o diretor regional do Unicef para a África ocidental e central, Manuel Fontaine.
"Um país onde os adultos podem, com total impunidade, tomar cruelmente como alvos crianças inocentes não têm futuro".
"É imperativo acabar com a impunidade", exigiu.
De acordo com Fontaine. "pelo menos 133 crianças morreram e foram mutiladas, algumas de forma especialmente horrível".
"O Unicef verificou casos de crianças decapitadas e mutiladas intencionalmente e sabe que crianças feridas nos tiroteios tiveram que ser amputadas porque a insegurança impediu que fossem levadas ao hospital a tempo", afirma o comunicado.
"Todos os grupos cometeram atos violentos, mas o foco recente na população muçulmana provocou a saída de comunidades inteiras e um aumento significativo do número de crianças não acompanhados, separadas de suas famílias", destacou o Unicef.
O caos na República Centro-Africana começou em março de 2013 com o golpe de Estado de Michel Djotodia, líder da coalizão rebelde Seleka, majoritariamente muçulmana, que depois virou presidente.
Mas em 10 de janeiro Djotodia foi obrigado a renunciar por sua incapacidade para evitar os confrontos violentos entre seus antigos partidários e as milícias antibalaka.
 

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