Embalado por hino oficial da Ponte Preta, corpo de narrador deixa câmara para ser enterrado nesta tarde de domingo, em Campinas. Amigos aproveitam para se despedir
O
corpo de Luciano do Valle foi enterrado no fim da tarde deste domingo,
no Cemitério Parque Flamboyant, em Campinas, cidade em que nasceu. O
narrador, que morreu no sábado em Uberlândia após sentir-se mal durante o
voo, partiu em uma cerimônia cheia de momentos emocionantes.
Aproximadamente 200 pessoas acompanharam o sepultamento até o fim e
puxaram uma salva de palmas para o jornalista.
Coroas de flores se destacam na despedida de Luciano do Valle ao lado de amigos e família (Foto: Fernando Pacífico)O enterro encerrou um dia de intensas despedidas que começou desde o velório, realizado na Câmara dos Vereadores de Campinas. O corpo de Luciano do Valle recebeu a visita de colegas de profissão, amigos, familiares e admiradores do trabalho, que dividiram histórias. Ex-esportistas, como Hortência e Neto, fizeram questão de homenagear o locutor, um dos principais da história da televisão brasileira. No fim do velório, gritaram o seu nome e embalaram a despedida com o hino da Ponte Preta, clube para o qual ele torcia.
Virna chora ao comentar morte do narrador(Foto: Fernando Pacífico)
A
cena se repetiu no enterro. Cinco motos e dois carros da Guarda
Municipal escoltaram o corpo da câmara até o cemitério. Lá, as dezenas
de coroas de flores (enviadas por José Maria Marin, Federação Paulista
de Futebol, clubes e veículos de comunicação) ganharam destaque em meio a
multidão. A ex-jogadora de vôlei Virna, que mora em Campinas,
emocionou-se ao falar do amigo, que ajudou na popularização do esporte
no Brasil.
– Chegou a hora dele descansar. Aquele grito de "Viiiiiirna" vai ficar para sempre. Na semana passada estávamos juntos para assistir a uma partida de vôlei no Rio de Janeiro. E ele estava lá, torcendo, sofrendo. Parece que foi minha despedida com ele aí. Que descanse em paz. O céu hoje está em festa – disse a ex-atleta, que, com ajuda de Luciano do Valle, iniciou a trajetória de comentarista nas últimas edições dos Jogos Olímpicos.
– Chegou a hora dele descansar. Aquele grito de "Viiiiiirna" vai ficar para sempre. Na semana passada estávamos juntos para assistir a uma partida de vôlei no Rio de Janeiro. E ele estava lá, torcendo, sofrendo. Parece que foi minha despedida com ele aí. Que descanse em paz. O céu hoje está em festa – disse a ex-atleta, que, com ajuda de Luciano do Valle, iniciou a trajetória de comentarista nas últimas edições dos Jogos Olímpicos.
Ex-boxeador Maguila se emociona na despedida ao narrador Luciano do Valle, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico)
Outro
esportista que brilhou na voz do campineiro também prestou homenagem. O
ex-boxeador Maguila, bastante emocionado, demonstrou toda a tristeza
por assistir ao enterro do jornalista e amigo.
– Momento de muita dor, de muita tristeza, por tudo que a gente fez junto. O Luciano era, antes de um amigo. É uma hora muito doída. Ele era um grande jornalista, um grande locutor. Para mim não tem outro igual no Brasil. Só tinha ele. Agora ficou um vazio – disse o ex-lutador.
A despedida mexeu bastante com a família. Esposa e filha foram as que mais choraram nos últimos momentos do enterro. O grupo presente ao sepultamento puxou o nome de Luciano do Valle como forma de agradecer por tudo o que o locutor fez pelo Brasil. Tal qual esses gritos, a voz do eterno narrador nunca será esquecida.
– Momento de muita dor, de muita tristeza, por tudo que a gente fez junto. O Luciano era, antes de um amigo. É uma hora muito doída. Ele era um grande jornalista, um grande locutor. Para mim não tem outro igual no Brasil. Só tinha ele. Agora ficou um vazio – disse o ex-lutador.
A despedida mexeu bastante com a família. Esposa e filha foram as que mais choraram nos últimos momentos do enterro. O grupo presente ao sepultamento puxou o nome de Luciano do Valle como forma de agradecer por tudo o que o locutor fez pelo Brasil. Tal qual esses gritos, a voz do eterno narrador nunca será esquecida.
Corpo de Luciano do Valle é enterrado no Cemitério Parque Flamboyant, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico)
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