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24 novembro 2014

MOMBASA VOLTA AO NOTICIÁRIO COM ATAQUE RELIGIOSO


Grupo extremista para ônibus na fronteira com a Somália, separa e executa não-muçulmanos. O ataque aconteceu no sábado, 22, e matou 28 pessoas
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Vinte e oito passageiros de um ônibus identificados como não-muçulmanos foram executados neste sábado no nordeste do Quênia por extremistas somalis  da organização islâmica radical Al-Shabaab , que reivindicaram o ataque como vingança pelo fechamento de quatro mesquitas em Mombasa esta semana. Na ocasião, a polícia invadiu duas mesquitas suspeitas de terem ligações com elementos islâmicos radicais.
Segundo declarações feitas à AFP pelo chefe da polícia do departamento de Mandera, Noah Mwavinda, os criminosos pararam o ônibus, levaram o veículo para longe da estrada e executaram os passageiros que não souberam citar versos do Alcorão.
"Havia cerca de 60 passageiros no ônibus (...) os milicianos armaram uma emboscada a 8 km da saída de Mandera, cidade localizada na fronteira com a Somália", relatou o policial.
Em entrevista à BBC, Adbikadir Mohammed (assessor direto do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta) afirmou que o objetivo do atentado foi de criar um conflito entre os muçulmanos e não-muçulmanos nesse país. “O objetivo é uma guerra religiosa no Quênia”, constatou o assessor. Ele ainda pediu que os cidadãos de todas as religiões se mantivessem unidos contra o que ele qualificou de ‘crime atroz’.
A Cruz Vermelha do Quênia confirmou o registro de vítimas: 19 homens e 9 mulheres.
O Quênia ocupa o 43º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa e, apesar disso, no período de um ano a contar de setembro de 2013, quando o grupo executou mais de 35 pessoas em um shopping em Nairóbi
"Os mujahedines (como são conhecidos os participantes do grupo) realizaram com sucesso uma operação perto de Mandera no início desta manhã que resultou na morte de 28 não-muçulmanos, uma vingança pelo crime cometido contra nossos irmãos em Mombasa", disse Ali Mohamud Rage, porta-voz dos Al-Shabbab, em um comunicado enviado à AFP.

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