Jovens
muçulmanos que protestavam contra uma batida policial em duas mesquitas
em Mombasa mataram quatro homens, incluindo um pastor local chamado
Josué Muteti. Cinco homens foram feridos
O ataque aconteceu na segunda-feira, 17 de novembro, por volta das 20h, em Kisauni, conhecido por ser um ponto de acesso para atividades de radicais muçulmanos. A partir dos relatos da mídia, dez jovens, armados com catanas e outras armas rudimentares, atacaram pessoas que estavam em uma estação de ônibus antes de desaparecer nas ruas. Há relatos conflitantes sobre o número de mortos – alguns relatórios indicam que três homens morreram.
O pastor Muteti faleceu após ter recebido uma pancada na parte de trás de sua cabeça. Sua idade é desconhecida. Fontes locais afirmam que ele estava com sua esposa e três outras senhoras na hora do incidente, mas não se sabe se ele tinha filhos. As mulheres saíram ilesas ao ataque.
Testemunhas disseram ao jornal Daily Nation que os jovens ordenaram que as vítimas recitassem a Shahada (profissão de fé muçulmana). Alguns disseram que ouviram os extremistas dizerem: "os muçulmanos, acalmem-se, nós estamos procurando apenas pelos infiéis".
Fanuel Mogesani, um dos feridos contou ao Daily Nation: "Eu estava a poucos passos da minha casa quando fui cercado por um grupo de homens. Disseram-me para confessar a fé islâmica, mas, como sou cristão, eu não podia. Foi então que eu senti algo como um metal atingindo minha cabeça".
Outra pessoa que presenciou o ataque disse: "Eles estavam cantando canções islâmicas e carregando uma bandeira preta do Al Shabaab, suas roupas pareciam do exército [fardadas] e eles pediam os nomes das pessoas antes de atacá-las porque queriam ferir somente os não muçulmanos".
O motivo
Dias antes ao ataque, a polícia invadiu duas mesquitas suspeitas de terem ligações com elementos islâmicos radicais nas primeiras horas da segunda-feira. Na ação, os policiais apreenderam granadas, pistolas, facas e materiais que poderiam ser usados para fazer bombas, bem como uma variedade de materiais de formação jihad em CD. Durante a invasão, um homem foi morto e mais de 200 pessoas foram presas.
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