A
história missionária brasileira faz lembrar de Lausanne, em 1974,
considerado o boom para a evangelização mundial, sendo a semente do
Congresso Brasileiro de Evangelização, mas só em 1983. Anos mais tarde,
precisamente mais quatro anos depois, surge o perfil da igreja
brasileira para o mundo de língua portuguesa e espanhola.
Há o
comprometimento com a urgência da obra missionária e surge o jargão
onde o Brasil é o celeiro de missionários para o mundo inteiro. Os
continentes seriam alvos de fluxo missionário, isto em tese, pois
passados os anos, as coisas não aconteceram como previsto.
Não
há dúvida que igrejas locais cresceram, principalmente movimentos neo
pentecostais, onde também convenções multiplicaram-se cujo objetivo, o
próprio reino. Assim a caminhada proposta não foi efetivada. Aqui e ali,
algumas campanhas, cruzadas, movimentos e nada sistemático de
evangelismo global.
O
país que detinha o manancial de obreiros, envolve-se num mar de
vaidades. Com exceções, mas os pregadores itinerantes, televangelistas,
os vendedores midiáticos, tem um volume substancial de fãs, no meio dito
como evangélico. O negócio é o negócio, desde Bíblias, livros, dvds… Os
tais pregam a mensagem e, ainda dizem que está igualzinha no dvd, é só
comprar… o pão requentado.
Não
se fala em reavaliar a estratégia da Igreja. A burocracia, a ostentação e
o se perpetuar no poder, junto ao nepotismo são mais importantes do
que a objetivação do propósito. Não se fala mais em crise e, a
monocultura ou transculturalidade não se faz necessário reavaliação?! O
fato é que a fuga da realidade, não modifica o quadro de
superficialidade do movimento missionário.
Há
discussão de direcionamento da verba da própria Igreja, quanto a que
departamento ou prioridade deve ser exercida. Quem é realmente filho de
Deus, ler a Bíblia e tem o Espírito Santo como guia, não tem indefinição
quanto a conclusão que se precisa chegar. A chave hermenêutica destes
líderes, perdeu-se no tempo e espaço e, Jesus já não é o alvo. Assim, se
Cristo já não é, o povo e missões, significa o que?
A
grande verdade é que os castelos denominacionais erigiram-se e, ao longo
do tempo adquiriram rachaduras, só que muitos querem passar por
imperceptíveis. Mesmo com a Palavra, falando de conserto. De vez em
quando tem-se a onda de conferências missionárias. Algumas, só operação
caça níquel local. Onde estão a prestação de contas e sustentação e
envio de obreiros para os campos? Tem lugar que a empolgação acabou.
Outros, a obra continua ativa e com responsabilidade.
Quando
se fala de conferência missionária, a resposta é silêncio. Não se tem
sequer justificativa desconexa. Quando se trata do compromisso
financeiro, mais evasão na resposta. E o que dizer de se criar um
Conselho Missionário. A falta efetiva de ação e mobilização, deve ser
culpa de Deus. Não. Ah, da crise econômica atual.
O
que se observa atualmente, é que missões, já foi e não é, um produto
bom de se vender. A prova é tanta que até nos nomes das denominações que
surgem, não querem mais agregar o substantivo de missões. Os pastores
já não veem mais status no título. Voltamos para a superficialidade do
início e da empolgação, início avassalador, infelizmente parece que em
muitos locais feneceu.
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