Seguindo
a linha abraçada do primeiro post, a oposição das trevas para com quem
tem efetivo chamado missionário é mais do que óbvio. Então, por que
tanta contradição? A maioria dos missionários midiáticos, fazem a
propaganda de acordo com a própria teologia da ostentação, nas redes
sociais.
Sempre
se soube, ao menos quem estudou teologia de missões ou quem se
interessa por missiologia que pré requisitos para candidatura a missões,
são: claro chamado de Deus, sustento e apoio da igreja, ministério
comprovado, maturidade emocional e espiritual, habilidades profissionais
e atitudes corretas.
Eu
me lembro que nas escolhas dos missionários, havia o mover do Espírito
Santo. Sem nepotismo, patriotada ou coisa parecida. As lutas internas
aconteciam, escândalos vieram à tona, por que satan percebia a ação do
Espírito Santo dando impulso missionário.
O
grande entrave é que a Bíblia trata de não ignorar o diabo. Aí, algumas
lideranças não conseguem observar os ardis e, igrejas são destruídas
junto com lideranças, além de sonhos, projetos e sementes. Ao se colocar
a favor de propagar o Evangelho de forma interna e externa, é declarada
a guerra espiritual.
Conhecer
bem as Escrituras, sem orar como deveria e, não ter discernimento
necessário é um erro, tal qual não utilizar os equipamentos corretos e
necessários na guerra. Paulo nos advertiu que “as armas da nossa milícia
não são carnais…” As lutas da caminhada, a maioria foca essencialmente
no âmbito espiritual. Quem vence obstáculos, são os que conseguiram
enxergar e lutar de maneira precisa. Caso contrário, tem-se os
desertores.
A
prova é tanta, que a resultante do trabalho missionário é incipiente
diante dos resultados e do potencial existente. Quando se avalia as
condições e tecnologias na época de Paulo e, o que temos a disposição.
Logicamente, que sempre teremos vitórias e fracassos. Euforia, bênçãos e
decepções fazem parte do aprendizado. O grande perigo é o foco
excessivo no sucesso. Gastar tempo no ensino, não é mais prioridade. O
que vale é quantidade de pessoas e, de congregações e de templos polos
em pouco tempo.
O
que vale é quantidade e, não agregar substancialmente qualidade ao
rebanho? A memória missionária parece não ser levada tão a sério, não se
dar uma olhada naquilo que aconteceu e deu certo, perto da gente.
Copiar ideias de sucesso, adaptar e dar os créditos, isto é viável no
campo. Tanto quanto, está inteirado de como não fazer e /ou executar
determinadas ações.
O
que tem acontecido conosco: A igreja vive um período de profundo
sectarismo e complexo. Parecendo até que faltam alternativas. A
revelação, Deus dá a um e, pronto. Autoritarismo purista e o Espírito
Santo, fica de fora da comissão. Onde um olhar geográfico, percebe-se
que há enorme abismo e equívoco.
Assim,
como falta unanimidade na estratégia, já que se diverge até de Deus,
parece que o Evangelho fica mais distante de nós. Discussões
intermináveis, teses sem experiência de campo, títulos sem
comissionamento é o que vale na nova teoria missiológica. Só que as
tarefas urbana e transcultural não são inimigas. E o que acontece é que
os que se intitulam de estrelas tentam ser maior do que o céu.
O
continuísmo das velhas tradições e muitas destas ocas, tem atrapalhado o
desenvolvimento da obra. Despreparo, precipitação nas escolhas, falta
de aperfeiçoamento teológico. Tal relato, não precisa ser visto no
campo, basta acompanhar alguns trabalhos locais. Basta focar na falta
de ensino para semear. Se a semeadura não é bem feita, falta obviamente
colheita. Outro ponto a se destacar, consiste no relegar a segundo plano
um ensino efetivo de discipulado. O neófito deve aprender na faculdade
teológica, e se este tiver posses ou família influente, o seu
“ministério” será em tese e mercantil, profícuo.
Apanhando
uma pesquisa de um pastor brasileiro presbiteriano na África, diz que
92% dos problemas que frustraram ou impediram a obra, estão ligados a
falta de preparo no tocante a aspectos da religião. No seu relato,
mostra ainda que dos 5.200 missionários brasileiros enviados ao
exterior, nos últimos 5 anos, 1.420 ficaram mais de seis meses. Dos que
retornaram, 75% não desejam mais o campo missionário. O porque do
desencanto? Quais as razões para o fim do ministério missionário de
longo prazo?
A
igreja cresce e ao mesmo tempo encolhe no envio e sustento missionário. A
teologia deixou de ser missionária. O Evangelho agora tem interesses
pessoais. A prova é tanta que o regime de determinadas convenções é
vitalício e o nepotismo é descarado. Uns tem muito e outros, nada.
A
crise para alguns é pragmática das Escrituras. A prioridade é oposta a
vontade de Deus. Ser servido é o que vale e servir não é fundamental. Um
povo que descarta a sua identidade missionária e compromisso, com
certeza corre sério risco. A crise que enfrentamos, parece está noutro
contexto ou patamar? A ignorância dos ardis satânicos, tem tomado conta
do cenário atual. Sequer orar pela paz de Jerusalém, fala-se no altar.
Vivemos
uma crise aguda missionária. Quando se faz uma reflexão crítica, parte
dos que se dizem igreja, não gostam. Fechar os olhos para a reflexão é
melhor, ou quem sabe desmemorizar? No entanto, o Espírito Santo age,
trabalha e sopra. A prova é tanta que me inquietou para escrever estes
posts, que talvez muitos sequer leiam. Corrigir rumos, ter um novo olhar
para completar a obra daquele que nos alistou é o nosso objetivo e
oração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário