Rádio A Melhor do Universo

19 agosto 2015

DO MEU OBSERVATÓRIO - ATENDIMENTO NA USF E PMAQ - HAJA CRÍTICAS!?

https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSB3l-013Jgb6aDwK4Mwtr3_UrYW73_0HOqxJ5wEPFPJW3Bs6s2k0XJ1iUA nossa percepção  de trabalhador, muita das vezes deveria ser voltada para o usuário que de fato somos. A reflexão consiste, através da grande expectativa que surge em relação ao PMAQ-AB, que  é um programa que tem como objetivo induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade, permitindo maior transparência e efetividade das ações para à Atenção Básica em Saúde. A demanda corre atrás do bônus, no entanto, como reduzir de fato o ônus? Quem paga, está satisfeito com o que recebe? Esta pergunta, nós trabalhadores, devemos nos fazer ou não?
 
Há um passivo muito grande entre os entes transformadores na Equipe de Saúde da Família, muitas vezes estão dispersos ou ainda não entenderam que fazem parte dos dois elencos.
Uma relação amistosa com o paciente resolve muitos entraves, passando a ser vista como recurso de conquista que ajuda no tratamento, aceitação e fidelização na micro - área, quando acontece há de fato o feed back.
A atitude de confiança mútua na saúde, permite a ampliação da criação de relações de qualidade que ficam até a morte e depois, na memória.

Afinal, o Agente de Saúde tem um papel muito maior do que imagina, sendo o elo de transformação. O ACS  abre a porta para as ações do técnico, enfermeiro, médico, profissional de odontologia e os demais atores multi profissionais do NASF.
A atitude de um membro da Estratégia de Saúde da Família, pode influenciar e muito no processo de resolutividade e resposta ao tratamento, bem como de insatisfação geral. Para isto, temos o nome de Equipe. Todos são importantes no processo.

Com o E-sus, prontuário eletrônico...., a saúde tende a migrar para o processo de se individualizar ainda mais quanto ao atendimento, onde o olhar é que o paciente não se sinta mais um, e que haja  influência e resposta positiva tanto na Unidade e no tratamento. Assim, estamos realmente  preocupados com a humanização? Os entraves, adequações e novas propostas, fazem parte da nossa  pauta de estudo? Nós temos tido um olhar específico e macro ou apenas jurídico- financeiro?

Faço tais perguntas, pois sou trabalhador, estou conselheiro e sindicalista. Os fóruns de debates, estão sendo esquecidos. No pleno do Conselho de Saúde, há usuários cansados com demandas dos trabalhadores. E os trabalhadores, pautando assuntos, que são de interesses da sociedade civil. As mulheres, que fazem parte da maioria dos assentos no Conselho, quase não pautam a problemática cotidiana feminina, que é puxada na maioria por homens. Sentiu o clima? O Conselho, reflete a organização ou não, social.
No geral e, longe de querer ter razão ou ser o dono da verdade, estou a mostrar o meu ângulo de visão periférico. Onde há uma fala, e prática distante no proceder dos atores. Seja trabalhador, usuário, gestor prestador e gestor executivo.
 
Na conferência de saúde, onde no meu entender, deveria ser  a grande lavanderia de roupa suja e buscar o máximo pelo mais alto de resolutividade para as comunidades, não acontece. Todos querem ter razão e algo continua errado. 
Há a hipocrisia do minimamente, e do politicamente correto, pois recursos existem, bastando serem canalizados de maneira correta e transparente entre o núcleo gestor e população. 

Na conferência, deveria se gastar mais tempo com o real, partindo para o ideal, confessando os pecados, abrindo a caixa de pândora e consertando o veículo, evitando o desperdício, desmontando o cavalo de tróia.  Afinal, todos dependemos de forma direta ou indireta do SUS. Dizer que não tem, e fazer mais sem ter é fácil. A prática da dialética é uma constante e bem sabemos que a corrupção tem uma fome e saúde forte. Como afirmar de maneira consistente, que não há recursos, onde o impostômetro só cresce de maneira avassaladora? De fato a sonegação é grande e o que dizer dos desmandos e corrupção?

Os escândalos mostram bem a cara do desgoverno e o trabalhador seja das três esferas são logo penalizados. Pensionistas e aposentados também engrossam as fileiras. Onde o propinoduto, calotes, burlas regimentais, acontecem na esfera política legislativa municipal, estadual e federal das casas, bem como em parte dos executivos. Isto sendo pago com o nosso dinheiro.
 
Só para exemplificar: O governo federal em recente visita aos EUA, ia deixando de pagar as limusines que utilizou, uma bagatela de US$ 100 mil. Ou seja, ostentação lá e aperte o cinto aqui!
Já chegou-se a R$ 875 Mi, recuperados de corruptos pela lavajato, só que R$ 80 Bi  são consumidos pela corrupção por ano. Aí querem que eu aceite o discurso que falta recursos para a atenção primária, prevenção, ações de combate as endemias, e que não há recursos para instituir o piso salarial dos ACS-ACE?

Os hospitais sucateados e as UPAs, sem reclamação; onde as UBS  na via crucis, e onde tudo começa. Muito estranho para o mesmo fundo pagador, ou não? O governo  arrecada o dinheiro que sai das micro áreas, via município, investe o mesmo dinheiro do trabalhador nacional, em obras a fundo perdido no território internacional e cancela ou protela PIS - PASEP,  e diz que "falta" recursos, para o SUS  e se não fosse a grita geral, sequer adiantariam a parcela do décimo terceiro dos aposentados. 

O congresso leva boa parte da nossa demanda financeira e o retorno é nulo aos nossos interesses. O custo de um Deputado, Senador  e Ex Presidente é astronômico. Vão dizer que não?! Pergunta pelo piso da nossa categoria dos ACS-ACE? Haja dificuldade.

Saber de tudo isto, e se movimentar objetivamente é a estratégia. No entanto, somos a porta de entrada,  e uma boa relação envolve não apenas cordialidade, mas postura de escuta principalmente. Na UBS  a sinalização, tem de ser prática e objetiva, tanto na parte impressa como oral.  O espaço de saúde deve anular a  política massiva de atendimento, para se atingir o objetivo proposto.

Assim, chegamos de fato ao diálogo que deve ser aprendido. Há a individualidade que deve ser observada, preservada  e incentivada. Afinal como conhecer as necessidades particulares dos pacientes e os agravantes das micro áreas, objetivando  desenvolver serviços personalizados? Cada qual, no seu cada qual. O que é utopia? Mau relacionamento é a causa das queixas dos pacientes. Somos o que somos, mas temos um papel a desenvolver, como profissional de mídia indireta. Saber tratar sem propagar.

Assim a  avaliação externa do PMAQ-AB, conta 70% dos índices de avaliação. Não se sabe a hora  que a fiscalização chega e aí? Nem por isto, vamos nos utilizar do artifício do  marketing, mas temos de ter sensibilidade para não cometermos equívocos que a gente mesmo não aceita dos outros. Para isto, identificar falhas no grupo de trabalho com estudo; personalizar e definir prioridades; diferenciar ações e interagir com todos, sem diferenciação é o objetivo. A velha reunião de equipe só acontece no caos ou regularmente? O planejamento acontece com metodologia ou rotina? Há equipe, ou tem deus e deuses e formando uma euquipe?

O lidar com o humano, tem  grau de dificuldade e complexidade. Funciona a organização, levando em conta as peculiaridades. Na UBS, não é ambiente de competitividade e sim espaço humano, que envolve processo, objetivo e  resultado da satisfação das pessoas e obviamente do grupo, desde a recepção.

Lembremo-nos, sem cultura organizacional, nada de bom desempenho no PMAQ-AB. Há perguntas, onde as respostas satisfatórias funcionam como a cura. Nem todos estão preparados para as mudanças ou nem querem mudar o processo de trabalho ou aceitar as tecnologias. Que tal mudarmos o olhar, no objetivo de amenizar a angústia  da população? Interagir mais, humanizar mais, doar-se mais e aí os índices vão melhorar ainda mais, dentro de uma organização consistente entre os entes. Só um alerta.

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